
Havia um lugar de praias maravilhosas onde se reunia uma galera jovem e bonita que curtia o mar. No meio dessa moçada existia um jovem que se destacava, não apenas por seu visual próprio, mas por seu estilo de vida diferente.
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Surfista de carteirinha, porque não dizer profissional, esse jovem percorria todo o litoral brasileiro e até estrangeiro em busca de campeonatos. Seu visual era mais um entre tantos visuais inusitados e modernos; Seu cabelo azul no modelo moicano era responsável por boa parte dos olhares, mas o que chamava atenção mesmo era sua forma de comemorar os belos tubos por ele vividos em alto mar: Ao Boréh!
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Sempre que ele vencia uma competição de surf ou alguma manobra radical, ele sempre apontava o dedo para o céu e bradava: Viva ao Boréh!
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O Moicano de cabelo azul como era mais conhecido entre os da sua tribo, era um jovem cristão estilo próprio, singular, mas que amava a Deus sobre todas as coisas, que vivia uma vida santa e íntegra dentro de seu mundo jovial.
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Um dia o jovem Moicano foi a uma competição no litoral sul, ao chegar lá encontrou vários competidores conhecidos seus, alguns profissionais internacionais de primeiro escalão com quem teria que disputar um lugar no pódio, mas quem esperou ver o Moicano de cabeça baixa e preocupado teve uma grata surpresa. O Jovem pegou sua prancha a pôs no chão e sentou perto dela, pegou seu violão grafitado e começou a tocar uma bela canção que dizia:
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“Mesmo que eu ande pelo vale de sombra e de morte, ainda que eu tenha de enfrentar a fúria do vento, ainda que eu tenha de subir o mais alto monte, eu sei em quem tenho crido, e também sei que Ele sempre estará comigo”.
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E entre uma estrofe e outra ele bradava: Viva ao Boréh! Viva ao Leão do Mar!
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Enquanto ele cantava com sua voz roca e gritante, alguns se aproximavam e tentavam o acompanhar com palmas; outros arriscavam dançar seu reggae gospel. O jovem Moicano com seus olhos fechados continuava a cantar sem dar a mínima para quem estava a lhe admirar. O que importava para aquele jovem surfista crente era curtir o momento em comunhão com o seu Criador.
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Diz a Palavra: “Tudo quanto fizerdes, façais para a glória do Senhor”, e esse era o lema do Moicano, fazer a vontade daqu’Ele que o salvou. Por esse motivo, esse jovem jamais se esquecia de deixar um bom testemunho de vida por onde passava. Seu testemunho era tão forte que chamava a atenção de muitos que o via sem sequer abrir a boca e dizer que era crente. O seu testemunho falava por si só. Assim como o jovem Moicano, Jesus amava o mar, a praia, a areia da orla. Jesus o Leão da tribo de Judá, era também Leão do Mar. Assim como os surfistas têm sua tribo, Jesus era o leão da tribo.
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Um legítimo amante das praias, Jesus escolheu esse ambiente como cenário de muitas de suas histórias, como também palco de algumas de suas convocações ministeriais. Na praia Jesus comissionou os irmãos Pedro e André ao apostolado, também na praia convidou a seguirem o Caminho os irmãos Tiago e João. Mateus 4: 18 a 22
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O Filho de Deus como homem amava uma Praia, algumas vezes tentou ficar a sós com o mar, mas por pouco tempo, pois sempre chegava alguém em busca de ajuda; ele como Deus e obedecendo sua missão, não negava os milagres àqueles que necessitavam. Mesmo junto ao mar, Jesus sempre agia fazendo milagres e maravilhas, pois não havia cenário mais perfeito para compor a obra do Criador. Mateus 15: 29 a 31.
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Jesus o Leão da tribo de Judá era também Leão do mar. Ele como Deus é também o Criador de todas as coisas como relata em apocalipse 4: 11 : “Tu criaste todas as coisas, e é para teu agrado que elas existem e foram criadas”; como Criador sempre exerceu sua autoridade sobre a natureza e sobre o mar que ele tanto amava. Certa vez ele acalmou uma grande tempestade vinda do mar (Mateus 8: 24), outra vez ele andou sobre as águas do mar demonstrando sua grandeza (Marcos 6: 48 a 50).
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O Messias sabia que o lugar muitas vezes ajuda a marcar na lembrança muitos acontecimentos. Que a situação junto ao ambiente pode favorecer muito numa futura lembrança. Nisso, mesmo após ter morrido e ressuscitado Jesus reapareceu a seus discípulos, e dessa vez junto ao mar de Tiberíades. Jesus amava o mar e pela última vez terrenamente falando, ele escolheu o mar como cenário para sua última aparição. Sem nenhuma dúvida, o Filho de Deus amava o Mar! João 21: 1.
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O mar tem uma vasta simbologia na bíblia e guarda seus segredos envoltos em muitas histórias. Jesus fez questão de deixar sua parcela de amor pelas águas salgadas e doces da terra, pois mar não é apenas o de água salgada. Existem praias de águas doces assim como as conhecidas praias de águas salinas. Mar é um lugar onde armazena uma grande quantidade de água superior a quantidade de terra próxima; e suas porções. Um exemplo de mar de água doce é o mar da Galiléia.
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Deus tem seus mistérios divinos e no tempo certo nos revelará. Mas falando de mar, continuo a lembrar que Jesus amava o mar. Como O verdadeiro Leão, ele é de Judá e do mar. Assim como o Moicano, Jesus gostava de caminhar pela orla, de olhar para o horizonte infinito e pensar. Semelhante ao Moicano, Jesus como homem nunca perdeu uma oportunidade sequer de demonstrar sua intimidade com o Pai diante dos homens. Eles, semelhantemente nunca se envergonharam de suas essências. A diferença entre os dois era que o Moicano tinha o cabelo azul e Jesus era nazireu; que o jovem surfista era criatura e Jesus o próprio Criador. Mas o que lhes assemelhava era muito mais interno. Era o amor e convicção de fé e determinação. O Moicano era apaixonado pelo mar, mas muito mais pelo seu Criador; Jesus amava o mar, mas muito mais sua missão.
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Surfista ou não, nazireu ou não, não importa, o que importa é aquilo que se carrega no coração e na alma; o fardo que se leva. A quem pertence tua vida, onde está escondida a tua supremacia?
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Confiar naqu’Ele que comanda o mar é fundamental numa jornada de fé. Jesus acalma tempestades furiosas, anda sobre as águas e abre o mar quando necessário, tudo por amor aos seus. Sempre haverá um cais para o seu barco, Deus é brisa na tempestade. Convide Jesus para embarcar contigo na sua viagem de vida, convide-O a adentrar em sua embarcação.
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O Moicano sabia de sua essência e não a negava jamais. Ele orgulhava-se de ser diferente não apenas por fora, mas principalmente por dentro. Sua supremacia diante dos demais era percebível a quilômetros de distância, pois ele carregava consigo uma marca distinta e muito importante: ele era um Embaixador do Reino de Deus. Independente do lugar e da hora, ele sempre continuaria a carregar consigo uma identidade: Cristão!
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Como muitos surfistas dizem: “vamos entrar no mar e subir na crista da onda”. Eu, porém vos digo: “entremos sim no mar da vida e testemunhemos que o melhor da onda é andar na onda de Cristo”.
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Mesmo que tudo pareça perdido, que a bússola de sua vontade esteja parada; saiba que a nau não naufragará. Existe um Cais chamado Jesus, que é apaixonado pelo mar e muito mais apaixonado por você. Navegue o oceano ao invés de ficar aí ilhado, sem uma ação, mova-se e cresça. Prossiga tranqüilo em sua jornada ao mar, Jesus é contigo. Mas que nessa viagem você descubra sua essência.
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Descubra no seu mundo particular o Caminho da Vida; desvende a Estrada que leva ao céu. Dentro de sua tribo, urbana ou campestre, não importa, o que tem algum valor aqui é aquilo que pode salvar sua eternidade, e isso não se adquire através de convenções e sim na Cruz, que para muitos foi loucura.
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Se muitos te acham louco ou coisa semelhante, não ligue. O evangelho de Cristo é loucura para os de fora, mas para nós os salvos é Poder de Deus! A maior loucura foi a que Cristo fez por nós, morrer nu para vestir nossa alma antes perdida. O Moicano conhecia bem essa loucura.
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Acredito que igual a muitos, o jovem Moicano era discriminado, rejeitado, vivia a margem da sociedade capitalista. Com certeza, sofria também o desprezo de muitos crentes fariseus, religiosos do externo. No entanto, um dia esse jovem surfista de cabelo azul da cor do mar se encontrou com o Profeta dos Marginalizados: Jesus! E ele mudou toda a sua trajetória de vida. De nômade passou a ser Cidadão do céu, através da loucura da cruz.
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Jesus não ministrou um evangelho onde somente os iguais são aceitos, onde os diferentes são satanizados, onde a doutrina bitola a pessoa e não transforma. O evangelho de Jesus é aquele que o Moicano aceitou um dia, um evangelho que aceita e acolhe, que recebe e envia, que transforma o que é necessário e mantém o que é bom em cada pessoa. Jesus escolheu dentre muito aquele surfista de cabelo azul.
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“Todos aqueles que vêm a mim eu jamais rejeito” disse Jesus, e dessa forma o Senhor alcançou aquele jovem praiano e mudou a sua história de fracasso. Transformou sua lista de tragédia por uma sequência de sucesso. Ele continuou a ser surfista, de cabelo azul da cor do céu; mas agora não era mais um perdido, Jesus havia o achado e lhe dado um novo nome.
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A loucura de Cristo nos trouxe estabilidade eterna, somos redimidos pelo sangue daqu’Ele que morreu na Cruz. Cristo Jesus! Agora não perca tempo, semelhante ao Moicano de cabelo azul, se vista de fé e assuma sua identidade suprema. Testemunhe sua fé, demonstre sua identidade cristã aonde quer que você vá e esteja. Seja alguém de confiabilidade, seja crente de verdade. Testemunhe sua supremacia de Justo. Já!
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Que 'Ninguém o despreze por ser Jovem'. (I Tm. 4: 12a)
Na onda de Cristo e sempre na Paz,
Na onda de Cristo e sempre na Paz,
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da net...
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